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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eu sou?

Eu sou a moça que escreve
que sente, que vive e se vira
pra vencer o dia a dia
cheio de lutas e contradições.
Eu sou o brilho nos olhos da criança na infância
que quando vê aquele brinquedo, se encanta
e não descansa até que consiga brincar.
Eu sou o fardo nas costas do operário
que parece um otário
quando dá lucro em troca de pão
enquanto se humilha para o patrão.
Eu sou aquele frio na barriga da moça
quando encontra o rapaz e sente
que não é correspondida
e se estraga de tanto ouvir música sofrida.
Eu sou a rima das poesias
e as contradições das prosas
que se confundem noite e dia.
Eu sou a reticência da nossa história
a vírgula de tantas outras
e a interrogação da sua memória.
Eu sou a regra ortográfica
que você sempre esquece de usar.
Eu sou o ônibus que você perdeu
enquanto ficava no celular.


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