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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Não há mais nada seu aqui.


Não há mais nada seu aqui.
Joguei fora aquela sua camiseta velha que você esqueceu comigo.
Me desfiz dos textos, das lembranças, das fotografias.

Não me lembro da cor dos teus olhos;
Não me lembro do perfume que você costumava usar;
Não me lembro do sorriso que você me dava.

Não há mais nada seu aqui.
Joguei fora aquele amor que insistia em querer te esperar.
Me desfiz dos conselhos, dos beijos, dos abraços

Esqueci o som suave da sua voz dizendo meu nome;
Esqueci o tom da sua pele;
Esqueci como você franze a testa quando fica bravo.

Não há mais nada seu aqui.
Joguei fora a minha saudade junto com aquela velha camiseta que você deixou comigo.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Sobre escrever x sentir

Hoje pensei sobre escrever. Pelo pouco conhecimento que tenho e segundo minha visão de mundo, escrever, pelo menos para mim, é uma maneira de materializar e eternizar sentimentos. Dá trabalho para fazer bem feito e é como um filho que a mãe ganha mas sabe que é do mundo, pois as palavras deixam de pertencer a quem as escreve no momento em que outras pessoas as leem. No entanto, como sabemos, cada palavra possui um sentido diferente para um indivíduo e a sua interpretação dependerá sempre do seu contexto e da visão de mundo do leitor.
Confesso que às vezes tenho muita vontade de escrever sobre assuntos mais complexos ou polêmicos, mas a preguiça de lidar com certos posicionamentos errôneos a respeito do texto acaba vencendo.
Eu poderia chamar essa preguiça de covardia, mas hoje, observando alguns fatos sobre a receptividade do leitor, percebi que não é de todo mal me resguardar a respeito do que escrevo. Afinal, qual o sentido de escrever senão guardar ao menos um segredo no íntimo da alma?
No mais, pensei também sobre a audácia do nome da minha página. Onde já se viu Sentir e Traduzir em Palavras?
Eu confesso: eu tento, tento bastante, mas jamais vou conseguir traduzir coisas que não podem ser totalmente traduzidas, pois algumas nem ditas são.
Mas é assim que me acostumei. Me deixa com minha audácia de escrever sobre sentir e sentir sobre escrever, e enquanto isso revejo o que penso sobre polêmicas e sobre preguiça.