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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Aquela sua barba mal feita...

Saudade do seu abraço
ainda que raso
me transbordou por inteira
Saudade do seu leve toque
da sua barba mal feita
do seu sorriso escondido
que eu insisto em querer causar.
Saudade de ouvir a sua voz
e o som da sua respiração
de colher flores no teu jardim
te roubar inteiro, te querer pra mim
te ouvir em canções que eu ainda não compus
te ler em poesias que ainda vou escrever
te rimar em prosa 
te descrever em crônicas
e ler contigo depois
toda nossa história de amor. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Brevidade.

Se te falta tempo para perceber
te dou quantos segundos precisar
e alguns minutos para sentir
mas não pense tanto no tempo
pense somente no que temos
um ao outro, uma folha em branco
pra desenhar, pintar ou escrever
mas não me faça refrear, esconder
porque o relógio passa rápido
amanhã já chega e você nem vê
que o que falta em mim é você.

O moço da poesia.

O doce que me corrói do açúcar
não é o mesmo do doce dos seus beijos
que ainda não provei mas me assusta
me faz insana, e me busca
de alguém que outrora buscou no mar
as chaves dos meus cadeados.
O que me corrói é a saudade astuta
que me castiga, me insulta e eu juro
que mesmo sendo assim tão inseguro
meu coração bate mais rápido por você.
A angústia da falta da sua presença
não é a mesma que eu tinha antes de te ver
mas tem a mesma intensidade
de quando me ligou pela primeira vez.
Um dia você subiu aquelas escadas
enquanto eu me preocupava em descer.
Quando te vi, me perdi, e acabei perdendo você
mas por sorte a minha, nesse mundo tão pequeno
reconheci os teus olhos e sorri para você me reconhecer.
A eternidade coube naquela mesa
aquela multidão na verdade nem estava ali
eu que tanto queria da vida uma surpresa
acabei por acreditar que o acaso
foi pelo destino mandado
naquela estação de metrô lotada
em que nossos caminhos cruzaram
e nunca mais eu conseguir te esquecer.
Vi em teus olhos o que procurava
vi em tua voz o meu melhor silêncio
ainda quando não  me dizia nada
eu queria era ficar ali.
Por uma noite, pela madrugada,
eu te ouviria falando de poesia
de literatura ou de romance
só pra ter uma vaga lembrança
do moço dos meus poemas
que faz da minha rima, eterna criança.

sábado, 18 de abril de 2015

Do 0

Eu realmente gosto dos seus olhos. E do contorno dos seus lábios e de como eu gostaria que eles contornassem meu corpo.
Gosto da forma das suas mãos e da forma como gostaria que elas me tocassem.
Gosto da sua voz, e imagino te ouvir sussurrando como um vento suave na copa da árvore nas tardes de outono.
Mas acima de tudo, gosto quando você me causa sorrisos, me deixa nervosa e me dá esperança de que ainda existe razão para recomeçar.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eu sou?

Eu sou a moça que escreve
que sente, que vive e se vira
pra vencer o dia a dia
cheio de lutas e contradições.
Eu sou o brilho nos olhos da criança na infância
que quando vê aquele brinquedo, se encanta
e não descansa até que consiga brincar.
Eu sou o fardo nas costas do operário
que parece um otário
quando dá lucro em troca de pão
enquanto se humilha para o patrão.
Eu sou aquele frio na barriga da moça
quando encontra o rapaz e sente
que não é correspondida
e se estraga de tanto ouvir música sofrida.
Eu sou a rima das poesias
e as contradições das prosas
que se confundem noite e dia.
Eu sou a reticência da nossa história
a vírgula de tantas outras
e a interrogação da sua memória.
Eu sou a regra ortográfica
que você sempre esquece de usar.
Eu sou o ônibus que você perdeu
enquanto ficava no celular.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

A nossa sinfonia.

Prometo te beijar sempre que puder
Mesmo nas manhãs em que eu acordar primeiro
e achar que que está frio demais pra levantar
prometo te amar antes de ir trabalhar.
E antes de sair pela porta a fora,
e também quando voltar.
Eu prometo te olhar com carinho
ainda que eu em mente eu esteja te despindo
prometo sempre te escutar.
Prometo não adoçar tanto o café
não queimar o arroz
nem deixar teu coração esfriar.
E quando as coisas ficarem difíceis
prometo te acariciar a alma
e tentar achar algum motivo
que me levasse a te amar
e resgatar.
Prometo te escrever poesias
te desenhar com os lábios
te decifrar com minhas mãos
para compor a nossa sinfonia.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Moço, vem aqui perto de mim.

Deita aqui no meu colo, deixa eu te fazer um afago...
Não precisa prestar atenção no filme, você sabe de cor e sabe também que colore meus dias.
Não tenha pressa de sair daqui. Aliás, gosto da sua companhia e faria carinho em você por muito tempo se me deixasse.
Se deixar posso passar um café. Mas tem chocolate se não quiser cafeína a noite. Posso abrir um vinho se preferir, só não quero abrir mão de você na minha vida.
Tem iogurte na geladeira caso queira ficar até o sol nascer. Você sabe o caminho até a cozinha e sabe como me conduzir também.
Deixa eu acariciar sua face, bagunçar seu cabelo da mesma forma que bagunçou a minha vida. E que bom que você bagunça, ela já estava certinha demais.
Me ensina sobre música, que eu canto poesia.
Me ensina sobre rimas, que eu faço em prosa o amor que quero com você.
A vida é tão curta, e eu não sei ser de outra forma que não seja intensa. Mas se você me achar muito densa, pode me diluir com realidade. Só não joga um balde de água fria nos meus desejos.
Eu poderia te escrever bilhetes toda vez que sair pra trabalhar. Poderia te desejar sorte, e estar com você mesmo estando no mais completo azar. De toda forma, eu só queria estar.
Deixe-me te ver sorrir um pouco, como uma criança que vê seu desenho favorito. Eu quero ser a personagem principal da sua história, e vou avisando que não faço papel de coadjuvante.
Me ensina o que você gosta de ouvir. Me ensina o que você gosta de comer. Devora aos poucos comigo essa folha ainda em branco que temos para preencher.
Me ensina o que você também quer aprender. Me ama, e me ensina a amar você.

domingo, 5 de abril de 2015

Domingo é dia de amar.

É outono e começa a fazer frio. E em dias como hoje, sinto falta também de alguém por perto. 
Alguém pra chamar de amor, de paixão, de bebê ou qualquer outro apelido brega. Alguém pra chamar de meu. E que de fato, seja mesmo. Alguém que leia meus textos e entenda minha liberdade. Alguém que também escreva e me manda suas próprias palavras ao invés de copiar de sites aleatórios de frases românticas. 
Alguém que me surpreenda, mas que não me deixe com medo. 
Que entenda que gosto de flores, mas gosto mais de chocolates.
Que gosto de ursos de pelúcia, mas prefiro um bom perfume.
Alguém que não se sinta obrigado em dar presentes no dia dos namorados. 
Que se sinta a vontade pra ficar em silêncio comigo, mesmo quando parece que tem um milhão de pensamentos pairando pelo ar. 
Alguém que me olhe com desejo mesmo quando eu acabar de acordar e for preparar o café da manhã.
Alguém que me ame, independente dos dias de chuva ou de sol. 
Que seja acima de tudo meu melhor amigo, e que tenha prazer de ser o meu amor.
Alguém que me traga paz, mas que faça meu coração bater mais forte quando o telefone tocar.
Alguém que não faça promessas. Que não cobre nada além do que pode me dar. Que consiga enxergar a minha alma, e que veja sempre nos meus olhos cada desejo oculto de mulher.
Eu sinto falta é da insônia que o amor causa. Sinto falta de almoços de domingo em família e aconchego a dois a tarde inteira, em tardes como essa, porque todo domingo deveria ser considerado, o dia perfeito para amar.

sábado, 4 de abril de 2015

Prometo.

Eu não te prometo amor eterno
mas prometo eternizar tudo que puder pra você
Eu não te prometo dias fáceis
mas prometo colorir momentos que estiverem cinzas
Eu não te prometo dias quentes
mas te prometo climas sinceros
Eu não te prometo uma poesia por dia
mas prometo me apaixonar todas as vezes
que nos olharmos
nos amarmos
nos tocarmos
nos falarmos.
Eu não te prometo canções exclusivas
mas prometo sempre te ouvir
e prometo ser sua amiga
além de sempre cumprir
meu desejo sempre por ti.

Conto do mês de abril

(...)Estava frio naquela tarde de abril e eu não costumo carregar guarda chuva comigo, e no meio do temporal, vi de longe um antigo colega de escola que há muito tempo não via ou conversava. Gentilmente ele me convidou para me abrigar no seu carro e eu, sem pensar duas vezes, aceitei.
Apesar do frio, entrei no carro com o decote molhado e não me incomodei à princípio. Mas quando cada gota começou a arrepiar cada centímetro do meu colo, percebi que algo estava errado, eu não estava prestando atenção no frio, mas no olhar dele.Ele fixou os olhos no meu decote, olhar de quem está sedento, faminto em saciar um desejo que estava há muito tempo contido. Pediu pra me secar, mas sem toalhas por perto, tirou a própria blusa para que, segundo ele,  eu não pegasse uma gripe daquelas...
Esqueci o temporal que estava caindo lá fora e comecei a reparar o quanto ele havia se tornado atraente. Como eu nunca havia reparado naquela boca? Ou no peito que me convidava a deitar e viver tudo que eu tinha vontade?
De fato, ele deve ter pensado a mesma coisa enquanto me ajudava com minhas roupas molhadas ao perceber que não eram somente minha pele que estava úmida. Eu queimava de desejo, e ele sabia disso enquanto me provocava encostando os lábios de leve no meu pescoço. Quando encarou meus lábios e eu comecei a sentir seu hálito quente, percebi que a chuva seria testemunha de uma explosão que estava marcada pra acontecer naquela hora. 
Nos segundos que antecederam ao nosso primeiro beijo, vi que em volta do carro estava tão escuro e que a rua era tão deserta que nós poderíamos nos entregar ali mesmo sem correr riscos de represália. E nos entregamos, pouco a pouco, intensamente e com toda calma que o nosso momento pedia. 
Tocou meu rosto e encostou os lábios nos meus, me beijou como se aquele beijo fosse a coisa mais importante que aconteceria na vida dele nos próximos anos.Me abraçou como se nunca mais quisesse me deixar ir embora. Enquanto me beijava lentamente, segurava minha nuca e mexia no meu corpo como alguém que mexe num cofre para descobrir os segredos. Descobriu os pontos que me deixavam vulnerável, e aproveitou para se tornar alvo das minhas melhores lembranças.
Tocou meus seios, beijou-os inteiros e sem pudor, beijou todo o resto do meu corpo. Me fez perder o fôlego e recompor várias vezes, e parecia que ele realmente me queria daquela forma, louca, quase insana, para retribuir da mesma forma o prazer que ele me dera.
E eu retribui. Com a mesma vontade de quem degusta um chocolate suíço, com a mesma intensidade de quem sente no toque a pele queimar de desejo e não quer esfriar. Pulamos para o banco de trás do carro, e ele me fez cavalgar em seu colo e saciar o meu fetiche contido. Tudo era tão proibido, e tão errado, que eu mal sabia ao certo quem eu era ali naquele momento. Ele sugava meu néctar pelos poros enquanto nos movimentávamos numa sincronia perfeita. Parecia que ele queria marcar minha pele de tanto que a mordia, como um lobo voraz me devorava, apertando minha cintura para baixo, em busca de mais contato íntimo. Não contive os gemidos, nem os sussurros enquanto me me segurava com força. Ele também não se conteve, e juntos, chegamos ao ápice do prazer. 
Depois de nos descobrirmos como homem e mulher, cobrimos nossos corpos que já estavam nus com nosso calor e nos demos conta de que já era noite e a chuva havia cessado.
Agora ele havia se tornado parte da minha vida. Instante inesquecível da minha história.
Nos despedimos e com muita gentileza, me deixou em casa, combinamos de marcar um outro encontro, mas assim como o destino o colocou ali para me abrigar da chuva, nunca mais me abriguei nos braços daquele homem.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

O amor e o imediatismo

Não consigo entender quem diz "eu te amo" pra alguém que conhece a pouco tempo. Nem acredito em amor a primeira vista. Atração até que me convence, mas amor ... Amor é diferente.
Num mundo imediatista, construir um relacionamento amoroso fica mais raro. Tudo é muito claro hoje, ou você se adéqua a mim, ou te troco pelo primeiro que fizer minhas vontades.
O amor precisa de paciência. Precisa ser construído através do tempo e de atitudes tomadas em consequência de atos. Precisa de convivência! Não se ama somente num fim de semana cheio de horas preenchidas com sexo e carinho. Ama-se também na segunda-feira brava depois do trabalho cheio de stress que vão te fazer querer virar pro canto e dormir ao invés de transar, porque sabe-se, que mesmo ali, no mal humor provocado do cansaço, um massagem nos pés e um olhar carinhoso vale tanto quanto orgasmos.
O amor é sentido em toques, silêncios, gritos e sussurros. Palavras são boas de ouvir, claro. Declarações de amor em cartões no dia dos namorados, cartas apaixonadas, bilhetes e sms de madrugada fazem sorrir. Mas sentir que é amada, considerada, querida, são coisas que vêm em silêncio. Um abraço numa noite com frio pode me fazer sentir protegida de todos os males da vida. Um carinho no rosto, um afago nos cabelos, andar de mãos dadas...Isso é bom.
São momentos que não são fotografados para serem postados em redes sociais. São coisas que acontecem dentro de um universo único. E coisas assim, não são conquistadas em semanas. São sentimentos construídos ano após ano. Enfrentando verões de pura paixão e invernos de solidão e crises. Mas como tudo na vida, essas estações passam, deixando a raiz, numa terra fértil e bem regada, florescer novamente e ser forte o suficiente pra enfrentar durante uma vida inteira, todos os benefícios que o amor pode causar, inclusive a felicidade.
Dá trabalho...ás vezes da vontade de desistir, e viver com essa geração a era do "agora" . Mas sim, eu ainda sonho em conhecer alguém pra vida inteira, que passe finais de semana encantadores ao meu lado, e que esteja ao meu lado nas segundas feiras pra me dizer que vai ficar tudo bem.

Você

Quando a saudade dói
Você é meu analgésico
E também o meu cobertor
que na madrugada encontro pra não sentir frio
Você é a rima da minha poesia
E mesmo quando escrevo em prosa
você ainda continua aqui
na ponta dos meus dedos
na minha mente
e claro, no meu coração.
É aqui que você mora
então vem depressa, não demora
me inspira com canções e poemas
que eu te beijo a calma
e faço da sua alma
minha pousada predileta.

As sílabas que são tuas

Talvez se um dia eu puder escrever o que você significa pra mim... Talvez eu escreva, nesse dia...
Eu escreva o texto mais lindo que eu puder.
E talvez, você leia, e um dia, pare pra ler cada palavra, e sinta que cada sílaba, eu escrevo pra você.
E aí então, poderá saber, que aquela única noite com você, foi capaz de inspirar todas as outras que sonhei com você...

Rabisque-me!

Desenha com teus lábios o contorno do meu corpo, que eu canto no teu ouvido a melodia que me provoca.
Distrai minha alma um pouco com um sorriso nesse teu olhar escondido, que eu te empresto um verso meu pra você me dar de presente em janeiro.
Rega as flores do meu jardim com a sua canção de véspera de inverno e me avisa quando a primavera chegar pra você. Quero caminhar e conseguir perpetuar na sua mente o perfume bom de uma felicidade que também estou a procura.

O dia em que esqueci você

... Horário de pico em São Paulo. Rua movimentada, carros e motos disputando quem chega mais rápido ao seu destino. Sons de um mundo onde tudo é pressa, momentâneo. Mas entre nós, um enorme abismo. Minutos de silêncio ecoando em nossas mentes eu não sei muito bem o que, mas que nos fazia bem, por apenas estarmos ali, um na frente do outro.
De repente você me puxa e me beija. Então percebo que talvez o mesmo destino que interfere nas marés e nos amores, estava interferindo ali entre nós também, fazendo com que meus lábios sentissem novamente seu gosto, dificultando ainda mais o meu propósito de finalmente te esquecer.

Porto inseguro

Sentimentos escondidos em textos
desviados pela desproporcionalidade do querer
um sabor que desejei não ter provado
onde estás que não mais o vejo?
onde procurarei o teu desejo?
Reencontros perdidos sob a luz do luar
encontros tristes sob o céu sem estrelas
despedidas com gosto amargo de dor
pra onde foi a minha amargura?
onde se escondeu a minha fúria?
Sem as marés de bons momentos
só me resta acreditar que voltarei
ainda que em um navio estrangeiro
pro lugar de onde fugi.

Vida e sobrevida

Silenciar a voz e conter um grito preso do peito
chorar com um sorriso na face
escrever quando tudo parece estúpido
ler quando aos poucos nada se enxerga
sentir quando não se quer
amar quando não se deseja
apaixonar quando não se almeja
Sentimentos fluentes como rios ao mar
palavras decorrentes de passado que ainda assombra
e textos lidos do presente que ainda sussurra
desordem em naturais preocupações da condição humana
muros que desencadeiam mágoas
paixões que se desmoronam em lágrimas!

Invada!

Invada o meu espaço e não me peça licença
me olhe com intenções
pois te desejo em realidade intensa...
Chegaste como um menino
um bom amigo, sem pretensões
e aos poucos roubando segredos
está bagunçando meus sonhos
e fazendo confusões.
O sol perde lugar quando você sorri
e nem todas as canções se comparam
quando sussurra ao meu ouvido
mesmo a distância
o meu apelido.
Sobre o que vai ser
deixa acontecer,
mas quero um sorriso nos lábios
e um olhar distraído
uma aventura no parque
com bons momentos vividos.

O encontro!



Naquele momento...eu quis o teu cheiro
e te sentir num abraço tímido...
eu quis me envolver,
e me mostrar com intenções a mais...
Eu quis te ouvir de perto
e quis te contar meus segredos
e te agradar com um olhar
e te reparar de lado sorrindo...
Eu quis apenas você...
com aquele sorriso inesquecível
que me confunde os sentidos
e me embriaga nos sonhos...
Eu quis beijar a sua boca
eu quis te amar como louca
eu quis apenas viver.
Eu quis você.
E ainda quero.

Desperta!

Quantos textos serão necessários
Quantas palavras ainda terei que escrever
Quantos olhares ainda terei que expressar
E quantos sorrisos ainda terei que elogiar?
Pra dizer que te quero
Que sonho algumas noites contigo
Que desejo beijar sua boca...
E um longo abraço no frio!
Antes que seja tarde
Antes que o ano termine
Antes que eu vá embora...
Olhe pra mim.

O beijo


Um toque suave na ponta dos dedos
na palma da mão
e quem sabe nos ombros.
de repente um afago..
a respiração passa a ser notada...
Os olhos se cruzam.
Ambos se procuram em busca de uma intimidade ainda desconhecida.
O som do coração é de fácil percepção agora...
Enquanto os corpos se aproximam, a alma se esconde...
e aos poucos se revela nos lábios quentes que desabrocham em plena primavera.
A boca se abre, os olhos se fecham, o tempo pára, o mundo não gira mais.
Já não existem pessoas, nem objetos...
tudo o que se vê é a própria mente envolta na sensação nostálgica de susto e alegria...
um sorriso no canto da alma se revela na breve felicidade que vai embora quando os olhos se abrem.
Mas volta, quando com paixão o olhar dispara uma gargalhada!

A carta que eu nunca entreguei

Me amaste por incompleto,mas quem nessa vida é completamente imperfeito?
Te amei tanto em infância,mas essa criança que ainda existe em mim,te quer do mesmo jeito que a mulher que insiste em me dizer que é preciso seguir em frente.
Estar com você era minha perfeição.Ficar sem você é a minha solidão embutida nesses versos tristes.
Eu sentiria saudade de você até meu último suspiro,eu desejaria que meu último beijo fosse seu,e que seu nome fosse a minha última palavra...porque você é o amor da minha vida,e mesmo que eu mascare com canções e poemas que falem de felicidade,eu só a terei por completo se um dia eu compartilhar com você os meus sonhos mais secretos.
E quando digo que as minhas melhores poesias serão suas,me refiro ao que meu coração jamais vai esquecer daqueles momentos que só nós dois sabemos,debaixo da lua,na grama da praça,ou sentados num banco discutindo sobre política.
Jamais meus pensamentos serão da mesma forma tão influenciados por outro amor,ou outra paixão,porque você ainda fará parte das minhas idéias mais ocultas e profundas,onde só o teu entendimento alcançaria.Meu amor seria sempre seu,porque somente a sua alma o alcança.Meus sonhos serão seus ,porque somente seus olhos penetram na minha alma.
Com amor,
A mulher da sua vida que acaba de desistir de você.

A saudade e a falta de sentir

Eu tenho saudade
de andar de mãos dadas
de tomar vinho numa noite enluarada
de dormir aconchegada
de sonhar acordada
e com um beijo ser despertada...
Tenho saudade de me calar
mesmo quando tenho palavras em meus lábios
Tenho saudade de conversar
mesmo quando os verbos fogem de mim.
Saudade de olhar nos olhos e me esconder
e de fechar os olhos pra me encontrar...
Saudade de me apaixonar
e de ficar com ciumes
e logo depois rir...
Saudade de aprender a amar
mesmo com defeitos, qualidades,
saudade de me entregar
como no mar se entrega o rio
Saudade de achar graça num sorriso
de entristecer com uma lágrima
e fazer com que o dia passe rápido
como um livro quando se vira a página...


Lembra de mim, ou não

Lembra de mim
como se fosse a primeira vez que nos vimos
com o sol clareando os teus olhos tão meus....
Lembra de mim
como se ainda andássemos de mãos dadas de encontro ao mar
pelas tardes quentes onde costumávamos nos amar...
Lembra de mim
como se ainda fossemos os mesmos diante do espelho
diante de nós mesmos ao luar
Lembra de mim....

Uma reflexão sobre o amor

Um dia desses vi uma reportagem que falava sobre um casal que estavam juntos há  70 anos e que  após todo esse tempo , realizaram o sonho de se casar oficialmente. Isso me fez refletir muito sobre as pessoas que me envolvo, os relacionamentos que vejo, e se existe mesmo o amor, com todo aquele recheio de Hollywood.
Sim, eu ainda acredito no amor. Não nesse amor de comédia romântica dos cinemas, ou de dramas mexicanos.
Acredito no dia a dia, lado a lado, como nas canções que ouço. No amor que faz a gente sorrir enquanto lava a louça do jantar das piadas sem graça do outro. Acredito no amor que nos inspira textos e atitudes, e mais que um coração acelerado, o amor é uma escolha.
Percebi que durante uma vida, aquele casal simples, humilde, teve que lidar com situações que pudessem talvez, separar um do outro, causar mágoas e decepções. E talvez o erro de muitos relacionamentos que acabam, não seja a ausência de problemas, mas sim a falta de paciência para resolvê-los, o desgaste, a velha rotina, que pode ser destrutiva.
Enquanto a repórter os entrevistava, a esposa fazia carinho no rosto do amado, contemplando todas as marcas, sinais do tempo, que carregavam também os momentos que passaram juntos. A beleza havia acabado, mas só a do corpo. Ele, mais velho, dizia com dificuldade que ela é, e sempre foi muito linda, e que hoje é muito mais apaixonado por ela do que quando se conheceram. Eu fiquei me perguntando se quando mais jovens, brigavam por qualquer motivo, se ofendiam, ou se traíram. E por mais clichê que me pareceu, eles experimentaram de fato, um amor verdadeiro. Se houve infidelidade, também houve perdão. Se houve dificuldade financeira, houve companheirismo. Se houve perdas , compartilharam lágrimas, assim como tantos sorrisos ao longo de sua vida, porém sempre juntos.
Escolheram andar de mãos dadas por caminhos nem sempre planos. Viram um no outro a possibilidade de noites de prazer, sexo, paixão, mas também de cuidado, amizade, longas conversas sobre o filho que não puderam ter ou como lidar com o ciúme do vizinho que morava em frente. Eles souberam construir pontes para atravessar cada obstáculo.
Hoje, o imediato e a incompatibilidade de gênios me assusta. O 'pra sempre' deixou de existir por causa da colega de trabalho gostosa, ou pela falta de roupa de grife no armário. A maioria dos casais que conheço parece desconhecer os valores que o amor necessita para ser vivido. Claro que na televisão o final feliz sempre acontece, pois as dificuldades passam dentro de uma hora. Na realidade, a duração pode ser de uma vida inteira, e cabe a cada um escolher entre uma noite de acaso ou mil meses de amor.

Despedida

Nos encontraremos daqui um tempo, ainda não sei quando...Mas pela última vez irei me entregar por inteira e num instante de desespero direi o quanto te amo.
Me deitarei ao teu lado e olharei pro alto, ouvirei tua voz doce e como se pela ultima vez fosse apreciarei o teu palco.
Dormirei sentindo seu cheiro e quando acordar falarei silenciosamente o quanto minha alma ansiosamente se desfez ao acordar com o pesadelo de sentir pela ultima vez um abraço e um derradeiro beijo.

No segundo errado

Quem dera se tu tivesses chegado antes dos ventos impetuosos
dos desamores e dúvidas das esperanças perdidas dos anos de espera em vão.
Quem dera se tivesses me conhecido antes de choros dolorosos
de alegrias transformadas em ruínas de sorrisos esbarrados em quinas de um dilacerado coração.

Ao amor que ainda não conheço

Quando vier não bata a porta, entre, bagunce pensamentos e cause risos e inquietação. Não demore quando for à padaria...os sonhos podem esfriar e eu posso começar a sentir saudade.Me abrace assim que puder, pra que eu não sinta frio, mas me dê espaço para respirar.
Faça com que eu perca o fôlego. Me beije os lábios com fervor de quem degusta chocolate suíço. Me ame como se fosse a nossa primeira vez, que não tenhamos tão cedo a última.Não me cobre o que você não pode me dar. Não me cobre aquilo que eu não consigo dar. Não se cobre por não ser perfeito, alás, seja cheio de imperfeições porque é assim que vou aprender a te amar.
Quando chegar, não me avise, me surpreenda, me conquiste, me faça acreditar que você é real e que vale a pena ainda amar.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Eu desisto

Não por mim
ou por você
Mas pelas lágrimas que eu não quero derramar...
Não pela dúvida
nem pelo querer
Mas pela dor que eu não quero encarar...
Eu desisto pelo amanhecer vazio
Pelo olhar de pura conquista
Pelo calor e pelo pranto
Que cairão sobre a minha face!
Eu desisto por amor a ti
E não persisto pelo amor guardado.
Eu desisto pelo abraço e pelo beijo
Que ainda pode ser roubado!
Eu desisto pelas folhas que ainda vão cair
e pelas flores que ainda vou colher!
Eu desisto pelo mar de doçura
e pela doce selvageria dos teus lábios!
Eu desisto por querer-te tanto
A ponto de poder te esperar!
Eu desisto por te querer bem perto
Eu desisto por não poder desistir de te amar!