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terça-feira, 5 de maio de 2015

Sobre a sexualidade

Apesar da sexualidade humana estar sendo tratada por alguns estudiosos como algo que vai além do físico, com a finalidade de reprodução, falar sobre esse assunto no contexto da nossa sociedade ainda é um tabu , visto que poucas pessoas se abrem para uma análise  isenta de achismos íntimos e religião.
A sexualidade quando tratada como imposição do religioso ou do que é considerado certo e o que é errado de acordo com a ética da maioria das pessoas , causa preconceitos em relação aos que ousam ser diferentes dos demais.
Pensando nisso, desconstrua o sexo. Isole-o de sua religião e de seus códigos de ética e moral dados ainda na infância. Pense como algo natural não somente em relação à reprodução, mas para experiência própria de cada indivíduo, intimamente ligado à emoção de cada um.
Tente pensar na mulher com liberdade sexual igual ao do homem. Poder ser livre o bastante para ter prazer com seu próprio corpo ao invés de pedir permissão a alguém para que possa atingir orgasmo, pois é isso que acontece, mulher tem que pedir pra gozar! Sendo o sexo casual, ou com o namorado, ou com o marido, pra cada situação tem uma classificação que a sociedade dá, de mulher fácil a mulher que serve pra casar.
Tente pensar em gêneros agora. No homem ou mulher homo/bissexual  que ama da mesma forma que um hétero, ou da mesma forma que um hétero também só queira prazer físico.
Pense em como você tem sido preconceituoso com as pessoas que não são obrigadas a seguir o mesmo padrão de vida que você. E que de forma alguma são melhores ou piores apenas por conta de sua prática ou orientação sexual.
Retire todo conceito do que a vida inteira ensinaram pra você, e analise de fato, porque você discrimina mulheres por causa de sua roupa, que se empoderam livres, e lutam pelos mesmos direitos que o homem sempre teve na nossa sociedade, encorajadas na maioria das vezes, depois de um estupro ou assédio. Ainda são poucas que possuem essa coragem.
Reflita o que de fato existe de ruim nas pessoas que não são obrigadas a gostar do que você gosta. Você não pode obrigar ninguém a seguir a sua religião. Não pode impor as pessoas o que você pensa e faz ( ou finge que faz) só pra ser aceito numa sociedade que condena ainda, o seu semelhante.
Se o amor que a sua religião tanto prega fosse visto em você, viveríamos bem mais preocupados com o alimento que falta pro nosso irmão do que com o tipo de relação sexual que alguém gosta para atingir orgasmo.
Se a ética que você tanto preza fosse eficaz, teríamos menos assassinos e ladrões do que o índice assustador do noticiário da tarde diz.

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