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sexta-feira, 1 de maio de 2015

(Des)encontro

Estou dentro de um ônibus em movimento rumo à minha cidade natal. A estrada, sem querer ser muito clichê, representa o tempo, o ônibus a minha vida e eu, minha consciência. A estrada está ficando cada vez mais pra trás, e eu continuo minha viagem enquanto algumas pessoas passam por mim. Alguns permanecem por tão pouco tempo que mal posso vê-los no horizonte mais, outros, aproveitam a pista dupla e ficam ao meu lado. E outros ainda, ficam para trás, estes porém, estão fora do alcance da minha visão. Certamente se eu procurar o que se foi, perco o rumo, a direção, o sentido e inevitavelmente provocarei dores e acidentes fatais em quem está ao meu lado.
Portanto, continuo olhando pra frente, fazendo com que minhas escolhas sejam parte efetiva da minha estrada. Sabendo que, quando olho para o lado encontro companhia e para frente ganho experiência, deixo meu retrovisor apenas para retocar meu batom.

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