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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Sobre amores de domingo que se vão na segunda feira.

Domingo é dia calmo. Dia de almoçar tarde e pecar de preguiça depois na rede. É dia de sorvete com brigadeiro, de macarrão com molho e de programas de tv que exibe sensacionalismo pra obter audiência enquanto as pessoas nem prestam atenção no que se é dito.
Domingo é aquela preguiça seguida de um sono breve porém intenso, desses que a gente acorda e não sabe se já é outro dia.
Domingo é a certeza de que todo fim tem um lado bom, por mais sacrificante que venha a ser a segunda feira. Enquanto tentamos aproveitar cada minuto dos nossos domingos, pedimos a Deus para que a segunda, enfim, termine logo.
E sabe porque muitas vezes pedimos isso?
Porque segunda feira representa realidade.
Começo de luta, de rotina. E claro, que muitos amores que passam pela nossa vida não resistem à tanto.
Porém se o casal quer ter uma vida em comum, precisa, além de uma rede pra deitar aos domingos despreocupados com horário, saber que pela manhã, na segunda feira, existe uma longa estrada que espera por eles, e essa estrada muitas vezes é cheia de obstáculos, de buracos, curvas acentuadas e retas cansativas. O que precisa, é, acima de tudo, haver certa cumplicidade com o que se tem. Amor vem com o tempo. Vem com construção de pontes sobre orgulho. Sem atalhos de infidelidade. Sem indiferença nas retas. Amor vem com freios nas curvas que são perigosas. Amor vem com tempo que se gasta compreendendo o outro, sem deixar de pensar em si, porque não é preciso cobrar compreensão do outro.
Amor é escolha pra semana inteira. De domingos de paz à segunda de guerra, de sábados de festa à terça de rotina.

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