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domingo, 20 de setembro de 2015

Sobre amor à primeira vista;

Mesmo contrariando algumas regras impostas por algumas pessoas, rotina é sim, um bem que se vive e que acrescenta ao casal. Claro que pode se tornar cansativo e um tanto quanto sem graça, e pra que isso não ocorra é preciso criatividade. Mas é do cotidiano que nasce o amor.
Não consigo acreditar em pessoas que dizem "eu te amo" no calor de uma emoção , muitas vezes passageira, com pouco tempo de relacionamento, por carência ou descuido. Para amar alguém é preciso conhecer os defeitos e as qualidades. É conseguir achar encanto mesmo quando não há motivos para se encantar. É entender que ninguém é perfeito , inclusive nem a gente mesmo. E sentir que está tudo bem, porque no fundo, a perfeição nos leva à monotonia.
Para amar alguém é preciso aprender a diferença entre se doar e se anular. E entender que o amor não é sinônimo de prisão.
Quem ama não deixa o outro livre, porque sabe que não existe "deixar". Pois quando a liberdade é tomada, o sufoco é inevitável.
Só acredito no amor que acrescenta, e não no que completa, pois do mesmo jeito que flores pela metade não dão origem a frutos, duas pessoas que buscam no outro sua própria identidade só se frustram com expectativas que ela mesmo não conseguiria corresponder.
Por isso o amor não é imediato. Você pode plantar pequenas sementes hoje, regar com carinho e respeito ao longo do tempo, e esperar que a fruta esteja madura para colher, mas entenda, quando colhemos uma fruta antes do tempo , escolhemos saborear algo sem toda a doçura ou consistência, que só dias de sol e noites de sereno podem dar.
O amor pode ser sentido na alegria, mas é provado na tristeza também.
Se pudermos entender que o amor é mais gostoso de sentir à longo prazo, sofreremos menos à vista.

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