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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Escrito em dezembro de 2011

(...)Era 19 de abril de 2011. Minha intuição disse que você estaria lá, e estava. Ainda sinto o aperto daquele abraço que você me deu. O mesmo aperto de saudade que tenho agora. Tirei fotos suas pra guardar pra mim. E quando decidi te esquecer, lembrei que estavam lá e apaguei. Hoje revi alguns álbuns e uma foto sua apareceu no meio. É o fim. Você está de perfil pra mim, e de frente pro seu barquinho. Tinha de tudo naquela arte, a sua essência, o seu mal gosto que me fez rir. E tinha você, e tinha alegria.
Nesse dia, caminhamos um pouco, nos beijamos na praça, sentados na grama próximo a uma árvore. Enquanto você me abraçava, perguntava se ali estava feliz. Eu estava, mas não sabia. Hoje sei.
O tempo voou. Você navegou com sua vela pro alto alto mar enquanto eu quis ficar no porto inseguro da lembrança. O vento do acaso me afastou de você, e talvez você nem se lembre mais desse dia, e nem de mim. Mas todos os anos de lá pra cá, ainda sorrio no dia do índio lembrando do seu sorriso tentando me alcançar.

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