Translate

sábado, 24 de setembro de 2016

Nessa tua ausência que me corrompe
invade o que não poderia pensar
amar-te? já não posso, não devo
Não posso levantar meu olhar.
Na tua ausência desmedida
digna de poesia homérica
grandiosa, épica
agora resta somente em minh'alma
o resquício de um amor do passado.
Talvez um afago, um beijo encostado
nos bancos das praças de uma cidade distante.
O peso que senti dos anos
em que tu virastes as costas pra mim
e nem ao menos olhou para traz
nem ao menos um último adeus
causou em meu peito dor constante.
Nessa tua ausência encontro
entrelinhas que tu de onde estás, podes me observar
esquecer-te? já não sei se lembro muito de ti
mas teus olhos, às vezes me perturbam.
Nessa tua ausência, enfim
sei que nem ao menos lembra de mim
nem ao menos pensa em meus lábios
nem sequer tivemos um fim,
pois para ti,
nunca sequer começamos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário